domingo, 11 de dezembro de 2011

Ah, calouros...




Sabe quanto te dizem que a infância é a melhor fase da vida porque as únicas preocupações que você tinha era adivinhar "Quem é esse pokemon?" nos intervalos do desenho? Então, ser calouro é a mesma coisa. Áureos tempos em que a ABNT não cerceava a sua liberdade e não podava a sua livre expressão escrita... Tempo em que você ia pra faculdade 12:00h e só voltava às 22:00h conhecendo o campus, conversando com a galëre, sem fazer absolutamente NADA de relevante para a sociedade ou para o desenvolvimento cognitivo.

Curti muito a tensão que foi descobrir o dia do trote. Na UERJ, diferentemente da UFF, nunca é na primeira semana. Era uma aventura. Tentávamos ouvir conversas, conversar com veteranos. Até o grande dia da ritualização do nosso ócio criativo e intelectual.

A cerimônia seguia sempre com musiquinhas engraçadas, "Acabou o amor, isso aqui vai virar um inferno" ou "Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá", além das poesias-funk que éramos obrigados a declamar. Havia também as perguntinhas cabulosas que adiantavam muito a nossa vida junto com passar bala halls na boca dos amigues...hehe...principalmente quando todo mundo ia beber no bar fazendo cosplay de caras-pintadas.

Enfim, no meu segundo trote, estava com muita preguiça de interagir porque né, nem tinha mais paciência pra socializar com gente que nasceu pós-queda do muro de Berlim, mas a primeira tinta guache na camisa semi-nova da Foxton ninguém nunca esquece!

Good Old Times, indeed!!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ah, calouro!

Calouros sendo maltratados

Evoluir da categoria de "vestibulando" para a categoria de "calouro" é uma questão com duas interpretações.

Para você, mero vestibulando-doido-para-sair-do-colégio-e-"crescer", é como passar de mapa depois de matar um Tank no Left 4 Dead.

Para os "veteranos"-acabados-de-evoluir-da-categoria-de-calouro, é só uma chance de zoarem tão quanto eles foram zoados.

E é por causa disso que existe o trote. Que nada mais é do que um rito de passagem do ensino médio à faculdade. Da 'adolescência à vida adulta'. (teoricamente, lol).

Galerinha da química 2007.1

A verdade é que eu não consigo imaginar como uma coisa idiota e humilhante continue acontecendo a cada semestre que passa. No meu primeiro trote, em 2007, minha turma (foto acima) teve que ficar por 1h em pé no sol, além de descer em fila pela rampa enorme do Valonguinho. Sem falar na "entrevista" no DCE onde tínhamos que responder coisas como "dá ou não dá?", "cospe ou engole?", entre outras coisas desagradáveis. Por fim, acho uó ter que ficar andando no sol pra catar dinheiro pros outros beberem.

No segundo trote eu escolhi não participar integralmente. Fui só ao primeiro dia para apresentação e nos outros, nem apareci.

Beijosmeliga

sábado, 3 de dezembro de 2011

Deu bayblade


Na minha primeira vez como fiscal, no Vestibular 2010, me meti numa quase-roubada. Como a "vaga" me foi arranjada por amigos de amigos, fui designada para ser fiscal no Colégio Pedro II em São Cristóvão. Então, me organizei, dormi cedo, arrumei tudinho. Até dormi na casa da minha irmã (Vila Isabel) pra conseguir chegar no local às 6h da manhã.

O dia em si não foi tão ruim, tirando o fato que me transferiram de colégio, fiquei longe de todos que eu conhecia e o tempo não passava nunca!

Além disso, meu pagamento não entrou.

 Dessa vez deu bayblade.

Já na fiscalização do Vestibular 2012, este ano, tudo correu bem. Os companheiros fiscais eram tranquilos, a turma foi tranquila e teve uma coisa que me lembrou muito o Adilson. Enquanto eu ficava passeando pela sala, pra aliviar o tédio, me deparei com uns desenhos dos alunos.

A sala em que fiquei era de uma turma do jardim, com crianças de 4 ou 5 anos. A professora, aparentemente, distribuiu uns papéis com algumas frases como "eu gosto de estudar porque...", "eu gosto de brincar de..." para serem respondidas pelos alunos.

Uma delas me intrigou e me lembrou bastante do Adilson:




Acho que a imagem é auto-explicativa sobre o porque.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Educação é tudo




Quer ganhar dinheiro fácil? Pergunte-me como.

Então, recebi uma proposta quase perfeita de rolar uns 70 contos só em um turno, num domingão de folga. O evento em questão era a fiscalização do vestibular da UFF. Únicas exigências profissionais eram experiência em vigiar e punir malandrões do ensino médio e saber deixar eletrônicos bem lacrados. Topei, óbvio. Disse QUASE perfeita porque não contava com o que o Sabadão da véspera me reservava: uma festa open bar.
Depois de árduos 2 segundos de dilema, decidi que devia à juventude o espírito de rave que o fim de semana me propunha e topei ir à sisuda e responsável fiscalização de prova após a drenagem de sangue e transfusão de vodka no meu ser.
Saí da festa sozinho e bem cedo, encontrei um amigo/anjo que estava na Lapa e disse: quando chegar no local, você me acorda e me tira do ônibus, valeu? Entrei na escola onde seria aplicada a prova numa espécie de fusão entre O bêbado e o Equilibrista e eis que me pedem pra assinar a presença dos fiscais. Nesse momento, não conseguia: ( ) segurar a caneta ( )enxergar a linha ( )me comunicar de acordo com a sintaxe da língua portuguesa ( )disfarçar os olhos caídos (x)todas as alternativas anteriores.
De resto, só me lembro que desafiei a supremacia cristã quando escrevi torto por linhas certas e que para não causar constrangimento aos adolescentes, me puseram para vigiar e punir os virgens vestibulandos com incontinência urinária, ou seja, fiquei na porta do banheiro, longe do convívio e sobriedade dos demais. Encontrei conhecidos, velhinhas que me ofereceram café e cúmplices dessa classe de fiscais que me confortaram com "Toda prova tem um que vem bêbado. estamos acostumados"

Estou até agora esperando o convite para fiscalizar a 2ª fase...