quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Romeu e Julieta

Esses dias eu vi um ex namorado meu na rua. Além de uma aparente gordurinha a mais, ele não parece ter mudado muito.

Em questão de estilo de vida, gosto musical, atividades, etc, e eu não entendo muito como isso pode ter acontecido. Por exemplo, eu o conheci quando tinha 15 anos (e ele 18) e ele parece a mesma pessoa.

Eu acho incrível que, quando eu tinha 15 anos e ele 18, eu achava que ele era tão crescido e diferente de mim. Mas agora, com os meus 21, eu vejo que ele era nada mais que um poser de portão de colégio.

Não que ele fosse adepto de ficar no portão dos colégios alheios, mas agora percebo que ele era daquele tipo que não trabalha, não estuda muito, tem uma banda e gosta de parecer inteligente para as meninas mais novas. Igual aos posers de portão de colégio, que ficavam fumando e se mostrando como os ‘tais do cursinho pré-vestibular’ ou os ‘estudantes do primeiro período da faculdade de direito já estagiando’ (e esqueciam de mencionar que era aaaa.2 na estácio e que o estágio era no escritório do pai, que o obrigou a seguir a mesma carreira porque inicialmente o destino escolhido era ‘ir à praia por um ano até me decidir sobre faculdade’).

Enfim, o que me veio à cabeça, quando o vi na rua, é que, mesmo com o nosso namorico de 6 meses e mais um rolo fenomenal de mais 6 (envolvendo pragas, boicotes e lágrimas), é que eu era tão ingênua nos meus 15-16 anos, mas me achava tão adulta. E tenho certeza que ele deve sentir a mesma coisa. Já que 1 mês depois de termos “terminado” nosso namoro “super sério”, ele estava ficando noivo de uma qualquer, que também se achava super adulta aos 18 anos, só porque já fazia sexo em banheiros de boate e estava na faculdade. NOIVO, com 18 anos e 1 mês de namoro. Que pessoa adulta, bem sucedida em sã consciência faz isso?

Sabe aquele negócio que as pessoas mais velhas sempre falam mas a gente nunca acredita quando tem 15 anos? “Há males que vem para o bem” / “Você está melhor assim” / “Decepção não mata, ensina a viver” entre muitas outras frases clichês?

Então, é assim mesmo que acontece. Me olhando agora, vejo que foi tão bom, mas tão bom que tudo aquilo aconteceu, que eu deveria mesmo dar um abraço nele e falar “nossa, muito obrigado por ter me feito tão mal naquela época”.

Porque tem gente que te impede de crescer, sabe, mesmo inconscientemente. Nosso namorinho era assim, mas eu acho que isso é muito influência de filmes e etc, por causa dos romancezinhos “Romeu e Julieta” que nos são vendidos. Do tipo de pensamento que amigos e carreira não importam, e “nossa, minha vida vai acabar agora se eu não ficar com você nesse momento“.

Bem, algum dia todos vamos perceber que não é assim que a banda toca. Ainda bem.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dos neologismos


IH, DEU BEYBLADE!!

Automaticamente esse se torna o pronunciamento oficial quando a minha linda internet resolve não funcionar ou quando algo dá muito errado na vida (o que segundo IBGE, tais estatísticas só aumentam)
Beyblade, do japonês: pião voador que faz cosplay de engrenagem de fábrica capitalista pós-moderna é um desenho animado que passava nas manhãs globais quando de fato eu já tinha idade para não assistir mais desenhos animados de manhã.
Fato é que nunca assisti ao desenho, mas meus primos ( idade: 9 e 11 anos / Q.I 5 e 4 anos, respectivamente) sempre traziam o tal beyblade quando vinham aqui em casa brincar com minha irmã (idade: 12 / Q.I - 0,3 meses).
Aleatoriamente me apeguei ao caráter terapêutico da palavra e sem me lembrar ao certo se alguém já pronunciara anteriormente, fiz da beyblade meu lema de vida. Minha versão contemporânea de "É uma cilada, Bino"
Se todos entendem, eu não sei porque afinal de contas, o signo é arbitrário (RIP Saussure), tô no meu direito. Mas que arranco boas risadas pelo menos da Let e do Milton toda vez que falo, isso é garantido!!